Sobre o conflito entre a Rússia e Georgia e as opiniões superficiais
Aconselho, antes de se opinar sobre os recentes acontecimentos na Georgia se coloque em perspectiva mais rigorosa a inversão de caminho que a Russia tomou na era pós-Ialtsin. Este documento realizado nos EUA dá-nos uma visão diferente daquela que a Administração dos EUA insiste em querer passar: TOWARDS A NEW RUSSIA POLICY
onde na procura do Outro encontramos uma assimetria entre as expectativas de afecto e o retorno obtido (tal e qual uma economia dos afectos), onde muitos nós procuram compensar isso com a descendência biológica. De facto a mesma nada pede a não ser o nosso afecto e retribui-nos de igual modo.. pelo menos durante um certo período de tempo. Mas na essência estamos perante o deslocamento do objecto do verdadeiro afecto que pretendemos quando chegamos à vida adulta. Nada mais imoral, injusto e errado existe que não isto.... as consequências, inclusivé como bem estar espiritual colectivo, ainda estão para vir.
Coincidências.. este balcão assaltado é o meu balcão. A gerente e os outros funcionários lidam com os meus assuntos e com os da minha empresa semanalmente. Ainda ontem a gerente me tinha telefonado para eu tratar de um documento legal, coisa que eu tentei fazer de manhã para lhe levar à tarde, mas devido à fila de pessoas nesse organismo resolvi ir antes à tarde ao mesmo. Foi quando ia a caminho desse organismo que ouvi na rádio o assalto em curso na dependência do BES. Como ali na zona há 2 dependências resolvi telefonar à minha gerente para saber se era o dela. Os telefones fixos estava interrompidos e resolvi telefonar para o telemóvel, o qual foi atendido por ela. Disse-lhe logo: ah se está a atender é porque não é o seu balcão... ao que ela me respondeu: é sim, mas agora não posso falar .. e desligou. Não percebi se atendeu para que eu desse o número de telemóvel à polícia ou por qualquer outra razão. De seguida telefonei à polícia a dizer que tinha falado com ela e qual era o número de telemóvel dela, para que eventualmente fosse útil para os operacionais no terreno.
Quando se fala em pobreza geralmente esquece-se da sua relativização social. Se alguém passa fome à partida é porque é pobre. Ora, para algumas culturas (não muitas ainda infelizmente) passar fome não se coloca e a pobreza tem outro significado. Mas em que medida é que a forma como olhamos para a pobreza afecta a nossa acção comportamental individual e colectiva sobre ela? Um estudo de Mikko Niemelä sobre as causas da pobreza na Filândia e como estes olha para ela é relevante para nós reflectirmos como nós, em Portugal, olhamos para a mesma. Raras não são as vezes que a influência anglo-saxónica se faz sentir no nosso discurso, ou seja, a crítica do individuo.
Research Department, The Social Insurance Institution of Finland,
The issue of what people consider as reasons for living in povertyis often neglected in the literature on poverty. Studies ofpublic perceptions are needed both on academic grounds and interms of policy-making processes. In this article, I study threedifferent meanings of poverty: the individualistic, the fatalisticand the structural. I explore whether different meanings canbe attributed to specific socio-demographic characteristics,economic circumstances and attitudes towards the welfare state.The data derive from a cross-sectional survey conducted in Finlandin 2005 and the results indicate that there is strong consensusin the Finnish population on the causes of poverty. Finns aremore likely to blame the flaws and inadequacies of the labourmarket than the behaviour of individuals or societal injustice.In other words, structural explanations of poverty have thegreatest support. However, fatalistic explanations are alsosupported, since a considerable proportion of people regardbad luck and lack of opportunities as reasons for poverty. Appliedmultivariate analysis indicates that perceptions of the causesof poverty are at least to some extent related to socio-demographiccharacteristics, economic circumstances and attitudes to thewelfare state. However, the effects, as well as the group differences,are small.
Key Words: attributions of poverty • causes of poverty • poverty • social perception