Equilibrar melhor a partilha de responsabilidades privadas e familiares entre homens e mulheres
Muitos condicionalismos restringem a liberdade de escolha dos indivíduos na conciliação do trabalho com a vida privada, designadamente a falta de serviços de acolhimento de crianças, os aspectos financeiros, a penalização da carreira, o risco de perda de competências, as dificuldades de regressar ao emprego ou a pressão dos estereótipos. Os regimes de licenças deveriam ser revistos de forma a facilitar uma repartição mais equitativa das responsabilidades privadas e familiares entre homens e mulheres e favorecer assim a qualidade de vida e o bem-estar das crianças. • É importante garantir que as licenças parentais se dirigem tanto aos homens como às mulheres e que são individuais (não transmissíveis), interessantes em termos financeiros e que a sua duração não constitui um travão para o regresso ao emprego. • Dado o envelhecimento da população da UE, é fundamental continuar a desenvolver serviços de cuidados a dependentes acessíveis e a preços razoáveis. Poderia ser oportuno neste contexto estudar a oportunidade de criação de um regime de licença para assistência a progenitores idosos que seja aliciante tanto para homens como para mulheres; • É oportuno promover licenças de paternidade que possam associar os pais às responsabilidades domésticas e familiares desde o nascimento do filho; • O combate aos estereótipos deve ser intensificado a todos os níveis por todas as partes interessadas e deve visar sobretudo os homens e as empresas; • É importante preservar a empregabilidade dos trabalhadores que se encontram em licença parental através de medidas de acompanhamento durante a licença e no momento do regresso à actividade profissional. Entre estas medidas incluem-se acções para que o trabalhador mantenha as suas competências, não perca o acesso à formação e veja garantido o prosseguimento da sua carreira profissional; • As empresas, designadamente as PME, devem ser acompanhadas na implementação de medidas de conciliação do trabalho com a vida profissional e familiar. Etiquetas: género, igualdade, união europeia, vida familiar |