quarta-feira, setembro 27, 2006 |
Sobre as transformações na Indústria Fonográfica |
Ontem estive na apresentação do livro 'Os Media na Sociedade em Rede' do meu professor, pelo menos ex, Gustavo Cardoso. Estavam lá pessoas relevantes da intelectualidade portuguesa, desde o gajo da TSF que me esqueci o nome, o locutor do jornal da noite da SIC, o José Alberto Carvalho e o Jorge Sampaio. Bem, mas vamos ao que interessa. Em passagem falou-se da música e da crise na música. Achei engraçado porque a mensagem que se passa é que o negócio da música está em crise, mas quem estuda bem estas questões sabe que isso não é verdade, apenas estamos numa nova fase de transformação e redefinição da cadeia de valor. Nenhuma mudança é feita sem dores, como será compreensivel, mas também não é catastrófica. A questão do cd: o cd é um conceito de obra, tal como o livro. A crise do livre face ao fragmento presente da internet não me parece tão traumático como o fazem querer. Acho que regressarmos ao século XIX e ao inicio do século XX nos ajuda. No século XIX a proliferação de pasquins era enorme, ou seja, nada mais do que fragmentos, tal como na internet. No entanto, o livro sempre sobreviveu a isso. Na música, a passagem do negócio das partituras para o disco de goma laca pode ser comparado ao actual processo de desmaterialização da música. Mais, incialmente o negócio fonográfico era acente na venda de uma música, tal como os mp3 que compramos no iTunes a $99. Fica aqui as semelhanças e diferenças. |
posted by Mikasmokas @ 9/27/2006 |
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