Reflexões de um Caracol à Beira da Estrada
Será a experiência estética a experiência do mundo.... o devir é um devir estético... ou será que devo atravessar a estrada?
quarta-feira, setembro 03, 2008
Confundem propensão com determinismo ao dar notícias..
Variante genética está associada ao divórcio e à infidelidade mas só nos homens
03.09.2008, Shankar Vedantam

Será a capacidade de manter relações duradouras genética? Uma equipa sueca diz que sim, transpondo para os humanos dados conhecidos em animais

O seu marido pode ser mais devotado e fiel porque não tem uma determinada variante genética que influencia a actividade cerebral, concluíram cientistas do Instituto Karolinska, na Suécia. É a primeira vez que se demonstrou uma relação directa entre os genes de um homem e a sua aptidão para a monogamia.
Esta variante é partilhada por dois em cada cinco homens - e, segundo diz a equipa de Hasse Walum na última revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, tê-la ou não pode contribuir para que um casamento acabe em divórcio.
As mulheres casadas com os 60 por cento dos homens do planeta que não têm esta variante no seu ADN tendem a considerar os seus parceiros emocionalmente mais disponíveis. As casadas com os restantes 40 por cento vêem-nos como mais distantes.
Esta variante é como que uma grafia alternativa de um gene, como "oiro" e "ouro" na língua portuguesa. Surge num gene que regula a acção da hormona vasopressina, que tem um papel mais activo no cérebro dos homens do que no das mulheres. Dita onde se situam no cérebro os receptores celulares desta hormona - que são como fechaduras que só podem ser abertas por uma determinada chave, neste caso a vasopressina.
Em animais, está bem estudada a acção desta hormona com a monogamia ou com a promiscuidade sexual. Essa relação foi documentada em estudos sobre duas espécies muito semelhantes de roedores americanos: o arganaz-do-campo (Microtus ochrogaster), que se liga a uma fêmea para toda a vida, e o arganaz-do-prado (Microtus pennsylvanicus), que é polígamo. Se se injectar o gene da vasopressina de um arganaz-do-campo no cérebro do seu primo dos prados, este passa a ter olhos apenas para a sua companheira.
O novo estudo sueco foi feito com a colaboração de 1000 homens casados, e foi também analisada a sua relação matrimonial, com questionários para saber se tiveram crises de relacionamento no último ano, e qual a sua intensidade. Depois, os cientistas fizeram também perguntas às companheiras, para saber como era viver com estes homens, examinando níveis de expressão do afecto, coesão do casal e satisfação com a relação.

Ultrapassar as fraquezas
Cerca de 15 por cento dos homens que não tinham esta variante genética relataram ter vivido crises matrimoniais sérias. Mas, entre os que a tinham, só 34 por cento confessaram crises. As companheiras dos homens que tinham esta variante reportaram níveis de satisfação mais baixos com os seus parceiros.
Finalmente, 32 por cento dos homens com esta variante viviam com mulheres sem se casarem, quando apenas 17 por cento dos que a não tinham se escapavam a oficializar a relação com o casamento.
Larry Young, que estuda a genética dos comportamentos sociais na Universidade de Emory (e fez a experiência da injecção do gene de vasopressina de um arganaz noutro) louvou o estudo. Outros realçam que a genética não é um destino imutável, a vontade e o meio onde as pessoas vivem pode mudar as tendências inatas. "Esta informação pode ajudar um homem e uma mulher de várias formas, quando decidem casar-se. Sabendo que há elos fracos biológicos, pode ajudar a ultrapassá-los", comentou Helen Fisher, antropóloga biológica da Universidade Rutgers, que estuda o amor. Exclusivo PÚBLICO/Washington Post

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posted by Mikasmokas @ 9/03/2008  
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