Ontem estive com uma amiga minha que me contou a história da vida dela relacionada com a separação dela e com a filha dela: separou-se do pai da filha dela, com quem teve um relacionamento de vários anos (portanto, viviam juntos) e com essa separação encontrou-se numa situação complicada. É algarvia, continuava a não ter grande integração social em Lisboa, tinha-se mudado para um novo emprego e tinha dificuldades em assumir as despesas de estar sozinha com uma filha. Estava meio desesperada e pensou mesmo em voltar para o Algarve. Mas no entanto houve um principio, um valor e um sentimento superior a tudo isso: o verdadeiro interesse em relação à filha!
isso traduziu-se em que ela foi incapaz de separar a filha do pai e fez de tudo para ficar em Lisboa, para que a filha tivesse o direito de conviver com o pai. Fez sacrifícios profissionais, pessoais, dialogo sempre com o ex-companheiro, mas o superior interesse da filha prevaleceu....
No meu caso, parece que o superior interesse da minha ex é o umbigo dela, a necessidade de ter uma filha como muleta emocional, a insensibilidade para o facto da ausência do pai da filha significar uma marca significativa na personalidade dela para o futuro, as mais valias que tem com a mudança para a cidade do Porto (casa gratuita, progressão na carreira, volta para os amigos da adolescência (demonstrando a imaturidade ao recusar a passar para um novo ciclo de vida deixando essa ligação social do passado)), etc.
Uma pequena-grande história de vida que serve para demonstrar a diferença de carácter, valores e verdadeiros afectos altruístas...
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