Reflexões de um Caracol à Beira da Estrada
Será a experiência estética a experiência do mundo.... o devir é um devir estético... ou será que devo atravessar a estrada?
quinta-feira, julho 06, 2006
A solidão
O José Machado Pais vai editar em breve um livro sobre a solidão. Recordo aqui a passagem de um paper da Elsa Teixeira em 2001 sobre esta temática, «SOLIDÃO, A BUSCA DO OUTRO NA ERA DO EU»:
« A análise do fe nó me no da so li dão na modernidade tardia em termos de desencontros impli ca ter em con si de ra ção o ritmo alu ci nan te das trans formações e o aproveitamento das opor tu ni da des que têm surgido.
Desta forma, assiste-se hoje a desencontros entre as expectativas cri a das pelas novas possibilidades tecnológicas e a crescente mobilidade, por um lado, e o limita do aproveitamento efec ti vo de todo o potencial oferecido. A questão da mobilida de e das inú me ras pos si bi li da des co lo ca-se, a grande maioria das vezes, nos termos “para onde ir?” e “com quem?”. Des ta for ma, como re fe re Zel din (1994: 145):
“o presente século, ao proclamar o advento de uma nova era de comunicação e informação, ao inventar máquinas gravadoras capazes de concederem imortalidade à fala, esqueceu-se de lidar com o seu maior problema, que é encontrar quem que ira escutar”.
Por outro lado, assiste-se também a desencontros ao nível das relações entre os géneros: o ho mem tende a mostrar-se re tardatário, confuso e reticente às mudanças e a mulher apresenta cada vez mais uma trajectória de vida ba se a da na autonomia e, nes sa sua eman ci pa ção, tem cri a do um novo modelo de vida privada, democrati zan do as relações entre os sexos, modelo esse que se tornou um poderoso motor de mudança social.
Todas estas transformações têm como consequência um desfasamento entre o que se procura e o que efectivamente se possui ao nível das relações amorosas, causando no indivíduo sentimentos de dúvida e incerteza, presentes no tipo de relação pura, baseada na autenticidade, no respei to pela identida de e independência do outro. Assis te-se, des ta for ma, a uma “re com posição dos laços afectivos à volta de um indivíduo dono do seu estudo” (Ka uf mann, 1999: 164), atra vés do que Bourdieu apelidade “reconhecimento mútuo” que transporta “para além da alternativa do egoísmo e do altruísmo e até mesmo da distinção do sujeito e do objecto, até ao
estado de fusão e de comunhão, muitas ve zes evocado em metáforas próxi mas das da mística, em que dois seres podem ‘perder-se um no outro’ sem se perderem” (Bour di eu, 1999: 95).»
posted by Mikasmokas @ 7/06/2006  
2 Comments:
  • At 10 julho, 2006 15:54, Blogger Kita said…

    (Re)conhecer-se...de (re)ver-se? ou reverse (do Inglês). Não tenho nada contra as metáforas; antes pelo contrário.

     
  • At 11 julho, 2006 12:41, Blogger Felina said…

    Os laços afectivos não de devem generalizar porque caDa casal cria o seu mundo específico, impenetrável e só por eles compreendido...
    Há muito que deixei de tenatr compreender as relaçõse dos ourros, a mim basta-me viver bem o amor que tenho! E no qual me empenho de corpo e alme sem, nem eue nem o Felino, deixarmos de ser que éramos antes de nos conhecermos!!!

    BEIJO GRANDE!
    DOCE...
    e Felino!

     
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