Não sei para o que vim. Sei que tive que vir: para escapar ao que me sufocava. Como se não houvesse outro lugar. Agora devo esperar que algo aconteça, sem ter a mínima certeza de que vai acontecer, com a angústia acrescida de que algo aconteça sem que eu dê por isso, de falhar o inesperado. É preciso, creio, distinguir o que se sabe do que não se sabe; e o que não se sabe do que nem sequer se sabe que não se sabe. O que não sei que não sei é o decisivo. Talvez seja por isso que vim até aqui ... ao deserto. O deserto que alastra por todo o mundo. Tenho de aprender de novo a esperar. A estar atento. Facilmente me pode escapar aquilo por que vim, se nem um nome lhe sei dar ....
Não sei para o que vim. Sei que tive que vir: para escapar ao que me sufocava. Como se não houvesse outro lugar. Agora devo esperar que algo aconteça, sem ter a mínima certeza de que vai acontecer, com a angústia acrescida de que algo aconteça sem que eu dê por isso, de falhar o inesperado. É preciso, creio, distinguir o que se sabe do que não se sabe; e o que não se sabe do que nem sequer se sabe que não se sabe. O que não sei que não sei é o decisivo. Talvez seja por isso que vim até aqui ... ao deserto. O deserto que alastra por todo o mundo. Tenho de aprender de novo a esperar. A estar atento. Facilmente me pode escapar aquilo por que vim, se nem um nome lhe sei dar ....