Reflexões de um Caracol à Beira da Estrada
Será a experiência estética a experiência do mundo.... o devir é um devir estético... ou será que devo atravessar a estrada?
quinta-feira, março 05, 2009
Conferências - A MOEDA VIVA
3, 17, 24 e 31 de Março, 2009: Conferências - A MOEDA VIVA

às 18h30 · Pequeno Auditório · Entrada Gratuita*
Por Rui Trindade

Levantamento de senha de acesso 30 minutos antes do início da sessão,
no limite dos lugares disponíveis. Máximo: 2 senhas por pessoa.
Informações
21 790 51 55
culturgest.bilheteira@cgd.pt


"Em 1970, Pierre Klossowski – cujo pensamento influenciou intelectuais
tão diversos como Georges Bataille, Gilles Deleuze ou Jean-François
Lyotard – publicou um pequeno livro, delicado e intenso, a que chamou
A Moeda Viva.
O livro é uma espécie de fábula, misturando registos diversos, e seduz
pela formulação condensada que faz de muitas das ideias de Klossowski,
nomeadamente no que toca à visão das sociedades como estruturas cuja
economia assenta não em bens materiais, mas em investimentos
pulsionais e afectivos, que se transfiguram e interligam no corpo
social.
Este conjunto de conferências toma como ponto de partida a ‘fábula’ de
Klossowski para reflectir sobre algumas dimensões da nossa
contemporaneidade, em especial sobre aquelas que, nesta fase de
desmaterialização do capitalismo, prefiguram relações e vivências
cujos contornos parecem ecoar, à distância, o pensamento de
Klossowski.
Começaremos por abordar a questão da ‘celebridade’ nos nossos dias
enquanto espelho de uma economia ‘sem valores’, cuja ‘moeda forte’ se
traduz na capacidade de produzir ‘mais-valias’ de notoriedade e,
assim, incrementar retornos.
Olharemos de seguida para os estudos que têm sido realizados sobre o
modo como é hoje gerida a ‘vivência’ do dinheiro, isto é, as emoções,
os afectos e as representações que emergem num mundo dominado pela
monetarização do quotidiano.
Esta questão liga-se, por seu turno, à própria evolução do capitalismo
no século XX. Não é por acaso que a ‘depressão’ se tornou na grande
epidemia ‘pós-moderna’. O que aqui se propõe é uma viagem pelo século
XX que mostre como os ‘modos de vida’ e a organização económica e
social passaram de uma norma assente na culpabilidade e na disciplina
para uma outra em que, perante o desaparecimento das ‘grandes
narrativas’ ideológicas, cada um é suposto tratar de si. Para aqueles
que não suportam o fardo de construir a sua própria ‘narrativa’ a
alternativa é o colapso, a depressão.
Finalmente, tentaremos averiguar que espaço sobra para o dom e a
dádiva nas nossas sociedades ‘utilitárias’.
Rui Trindade

Rui Trindade nasceu em Lisboa, em 1954. Formado em História pela
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tem trabalhado
sobretudo na área da Comunicação quer no jornalismo, quer na produção
de eventos."

3 de Março
Dias de Glória - A celebridade como padrão-ouro do capitalismo ficcional
17 de Março
Investimentos SA - Dinheiro & Afectos
24 de Março
O cansaço de mim - O capitalismo: da culpa à depressão
31 de Março
Trocos & Trocas - A monetarização da vida quotidiana

Fonte:
http://www.culturgest.pt/actual/moeda_viva.html

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posted by Mikasmokas @ 3/05/2009  
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