«Carpe Diem (em Latim) significa "aproveita o dia" ou "aproveita o momento". Essa regra de vida pode ser encontrada em "Odes" (I, 11.8) do poeta romano Horácio (65 - 8 AC), onde se lê:
Carpe diem quam minimum credula postero (aproveita o dia, não confie no amanhã) É também utilizado como uma expressão para solicitar que se evite gastar o tempo de outrém com coisas inúteis ou como uma justificativa para o prazer imediato, sem medo do futuro.
Esta idéia foi popular na poesia inglêsa nos séculos 16 e 17, por exemplo, no livro de Robert Herrick, "To the Virgins", na poesia "to Make Much of Time" (para aproveitar o tempo ao máximo), que começa "Gather ye rosebuds while ye may" (Colha seus botões de rosa enquanto podes). [1] Também interessante, são os versos atribuídos a um poeta chinês, da dinastia Tang, conhecedor de provérbios, bastante parecidos com o que escreveu Herrick:
花開堪折直須折，莫待無花空折枝。 (colha a flôr quando florescer; não espere até não haver mais flôres, só galhos a serem quebrados.)»

in http://pt.wikipedia.org/wiki/Carpe_diem

Uma dúvida volta sempre em mim quando vejo muito dos perfis das pessoas na internet. Há ideias recorrentes, categorias de comportamentos, frases feitas, etc etc...

Uma de facto que é resultado da era pós-moderna (segundo alguns autores) é esta lógica de urbanidade sem superação de si mesma. O momento, sem futuro... as práticas urbanos no mundo ocidental cada vez mais o confirmam. Mas, tal como muitas contradições comportamentais dos povos em vivência numa sociedade Capitalista, o que me pergunto é que se as condições materiais quotidianas permitem de facto ligar esta ideia com uma eventual prática favorecida pela urbanidade.... será que o cidadão do mundo ocidental aproveita o dia quando passa horas diárias no trânsito? será que o aproveita quando se deixa observer pela rotina diárias das suas tarefas domésticas e familiares? será que aproveita porque vai ao cinema cuja prática de lazer é totalmente formatada pelas Indústrias Culturais e pouco genuíno tem dele?! será que aproveita quando em face de uma verdadeira diferença no seu quotidiano retrai-se, duvida, tem medo, foge, racionaliza em demasia?! será isso aproveitar o dia? aproveitar os momentos da vida? quantos de nós olhamos para o lado? paramos para ouvir sons que consideramos eternos e universais? quantos de nós tentam fugir aos contrangimentos da vida no Capitalismo, que cada vez nos torna menos livres mas com a ideia de que somos muito individuais e cheios de personalidade?!

Como aproveitamos o dia se nos roubam todos os dias o pensamento e a vontade de verdadeiramente o aproveitarmos enquanto seres integrais....?!