sexta-feira, junho 03, 2005 |
As Aventuras Sexuais de um Jovem Lisboeta nos Tempos Modernos |
Este é o título de um livro que gostaria de escrever. Recuperar o espirito belzaquiano da escrita do quotidiano sexual de um jovem de forma reflectir os nossos comportamentos, não de uma forma quantitativa, mas de forma qualitativa. Não me interessa retratar a norma mas sim a transgressão... mesmo que afinal ela venha a caracteriza-se como a norma... além das minhas experiências gostaria de reflectir as de outras pessoas como eu, que tenham gosto da descrição de momentos da sua vida que acabam sempre por ter um lugar especial na nossa memória... aqui pode ficar tudo em anonimato... e deve.... ;)
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posted by Mikasmokas @ 6/03/2005 |
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1 Comments: |
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É engraçado como a vida urbana transforma os valores. Aquilo que nos últimos 200 anos a ideologia institucional tentou impôr esfuma-se na luxuria do quotidiano e do prazer imediato. Era um dia de Verão de Junho... daqueles quentes. Como sempre troquei umas conversas com algumas amigas virtuais no MSN. A Leopoldina (nome ficticio) disse que hoje estava de folga e até não se importava de ir dar uma volta comigo. E assim foi. Combinamos às 10h eu apanha-la ali no Saldanha. Quando nos vimos pela primeira vez trocamos olhares, como quem avalia um objecto de consumo. A mim ela não me desagradava. Tinha um ar um pouco suburbano para os meus gostos pequeno-burgueses. O que mais me chamou à atenção foi claro o tabaco. Esse vicio que deixa marca, que se entranha na pele... pela essa que eu adoro que cheire a creme. Mas ela sentou-se no meu automóvel e fomos para a beira rio (Tejo). A saia dela com botas de cano alto dava a entender uma sensualdade discreta e um desejo escondido. Parei o carro junto à água. A atracção pela decadência de uma relação sexual já estava em mim como um sentimento enraizado... peguei na mão dela e fiz-lhe festas.. ela estranhou, pois tinhamos acabado de nos conhecer. Mas ela deixou... senti nela o desejo mas também o contrangimento do comportamento adequado à situação. A minha mão passava agora pelas pernas dela e pelo braço. Ela continuava a deixar explorar aquele corpo. Perguntou-me se quando fui ter com ela era essa a minha intenção. Claro, como bom rapaz e respeitador dos bons costumes disse que não. Mas de facto, o sentimento de aquisição, de prazer, de aventura e de apropriação do desconhecido era muito forte em mim. Fui aproximando-me... os meu lábios roçavam o pescoço dela... sentia a respiração dela e o olhar reprovador... mas o corpo dizia o contrário. Até que a minha lingua passou pela orelha dela e ela ao olhar para mim juntou os lábios aos meus e beijamo-nos. Primeiro estranhei o sabor a tabaco como é habitual, mas depois habituei-me a explorar aquela boca que até ali era desconhecida para mim. As minhas mãos e as dela passavam por todo o nosso corpo. Sugeri que passassemos para a parte de trás do carro ao que ela acedeu. Ao nosso lado, mais 2 carros, também casais mas digamos que menos electricos do que nós. Ao voltarmo-nos a sentar no banco de trás ela tentou recompôr-se e dar ouvidos aos seus valores acentes numa racionalidade cristã com pouco mais de 200 anos... mas o meu desejo aproximava o meu corpo do dela e à medida que as minhas mãos percorriam as pernas, o peito e nos abraçavamos fugosamente, o nosso desejo de nos livramos de qualquer constrangimento à base de tecido era cada vez maior. Foi então que as minhas mãos percorreram as cuequinhas dela e com delicadeza as tirei... nesse momento descalcei os meus sapatos e tirei as minhas calças e boxers. Peguei logo no preservativo, pois nunca vou para um encontro destes sem eles. Ela voltou a franzir o olho desconfiada de que tinha tudo planeado. Voltei a entregar-me a ela, desta vez a nossa pele sentia-se mutuamente. As nossas respirações intensificavam-se.As pernas dela começaram a encaixar-se em mim, como duas peças numa máquina...passei a mão pelo orgão sexual dela. Os meus dedos penetraram no seu interior na procura de lhe dar prazer. Quando estava bastante lubrificado entrei dentro dela para a sentir.... agora funcionavamos como uma só peça. Ela sentia o meu prazer e eu o dela. Gemiamos os dois numa carro embaciado à beira rio... Ela pedia que em não parasse, que entrasse mais e com mais força... via na cara dela um prazer contido... um deleite de desejos ocultos pela luxuria do quotidiano.. Depois o silêncio.... O vestir.... e falarmos daquilo que não tinhamos tido à vontade para falar no momento em que nos conhecemos: amores, frustrações, desejos, afectos.... Estranha forma de ser urbano....
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É engraçado como a vida urbana transforma os valores. Aquilo que nos últimos 200 anos a ideologia institucional tentou impôr esfuma-se na luxuria do quotidiano e do prazer imediato.
Era um dia de Verão de Junho... daqueles quentes. Como sempre troquei umas conversas com algumas amigas virtuais no MSN. A Leopoldina (nome ficticio) disse que hoje estava de folga e até não se importava de ir dar uma volta comigo. E assim foi. Combinamos às 10h eu apanha-la ali no Saldanha.
Quando nos vimos pela primeira vez trocamos olhares, como quem avalia um objecto de consumo. A mim ela não me desagradava. Tinha um ar um pouco suburbano para os meus gostos pequeno-burgueses. O que mais me chamou à atenção foi claro o tabaco. Esse vicio que deixa marca, que se entranha na pele... pela essa que eu adoro que cheire a creme. Mas ela sentou-se no meu automóvel e fomos para a beira rio (Tejo). A saia dela com botas de cano alto dava a entender uma sensualdade discreta e um desejo escondido.
Parei o carro junto à água. A atracção pela decadência de uma relação sexual já estava em mim como um sentimento enraizado... peguei na mão dela e fiz-lhe festas.. ela estranhou, pois tinhamos acabado de nos conhecer. Mas ela deixou... senti nela o desejo mas também o contrangimento do comportamento adequado à situação. A minha mão passava agora pelas pernas dela e pelo braço. Ela continuava a deixar explorar aquele corpo. Perguntou-me se quando fui ter com ela era essa a minha intenção. Claro, como bom rapaz e respeitador dos bons costumes disse que não. Mas de facto, o sentimento de aquisição, de prazer, de aventura e de apropriação do desconhecido era muito forte em mim. Fui aproximando-me... os meu lábios roçavam o pescoço dela... sentia a respiração dela e o olhar reprovador... mas o corpo dizia o contrário. Até que a minha lingua passou pela orelha dela e ela ao olhar para mim juntou os lábios aos meus e beijamo-nos. Primeiro estranhei o sabor a tabaco como é habitual, mas depois habituei-me a explorar aquela boca que até ali era desconhecida para mim. As minhas mãos e as dela passavam por todo o nosso corpo. Sugeri que passassemos para a parte de trás do carro ao que ela acedeu. Ao nosso lado, mais 2 carros, também casais mas digamos que menos electricos do que nós.
Ao voltarmo-nos a sentar no banco de trás ela tentou recompôr-se e dar ouvidos aos seus valores acentes numa racionalidade cristã com pouco mais de 200 anos... mas o meu desejo aproximava o meu corpo do dela e à medida que as minhas mãos percorriam as pernas, o peito e nos abraçavamos fugosamente, o nosso desejo de nos livramos de qualquer constrangimento à base de tecido era cada vez maior. Foi então que as minhas mãos percorreram as cuequinhas dela e com delicadeza as tirei... nesse momento descalcei os meus sapatos e tirei as minhas calças e boxers. Peguei logo no preservativo, pois nunca vou para um encontro destes sem eles. Ela voltou a franzir o olho desconfiada de que tinha tudo planeado. Voltei a entregar-me a ela, desta vez a nossa pele sentia-se mutuamente. As nossas respirações intensificavam-se.As pernas dela começaram a encaixar-se em mim, como duas peças numa máquina...passei a mão pelo orgão sexual dela. Os meus dedos penetraram no seu interior na procura de lhe dar prazer. Quando estava bastante lubrificado entrei dentro dela para a sentir.... agora funcionavamos como uma só peça. Ela sentia o meu prazer e eu o dela. Gemiamos os dois numa carro embaciado à beira rio...
Ela pedia que em não parasse, que entrasse mais e com mais força... via na cara dela um prazer contido... um deleite de desejos ocultos pela luxuria do quotidiano..
Depois o silêncio....
O vestir.... e falarmos daquilo que não tinhamos tido à vontade para falar no momento em que nos conhecemos: amores, frustrações, desejos, afectos....
Estranha forma de ser urbano....